Te odiei
Podia ter passado batido nos meus caminhos batidos
Virando a cara para os lados nos meus caminhos sem lados
De olhos fechados e de olhos fechados seguindo avante
Pisando em borboletas e fezes, minas explosivas sob as passadeiras de polipropileno
Mas, veja -- parei, abri os olhos, olhei em tua direção e te odiei
Quando a todos e a todas pago com indiferença
Eis que te dei motivo para gozar
Pois gozes
E após ter te odiado, tornei à minha abulia
E tive um vislumbre do futuro
Te vi diante de barreiras
Te consumias sem saída
Percebendo-as derradeiras
Mais insuperáveis que a doença ou a morte, o fim do tempo ou a sideral solidão
A que nascemos todos predestinados
E em meu vislumbre me vinguei
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