Perdendosi
Prestes a partir
Estou munido dos meus
apetrechos dolorosamente diários
Num dos braços, nada
N’outro, tudo
Embarco e a nave alça
voo
Com destino mais que
certo
Da porta me dirijo ao
meu lugar ao sol e
Minha nave se chama
ave
Ah que louca falta de
pousar os pés no meu planeta!
A porta foi deixada
aberta
Salto
O sutiã azul-marinho
que trago dobrado às costas se abre
As duas copas me
sustentando miraculosamente no ar
É meu mergulho para a
morte e ao mesmo tempo meu primeiro grito de liberdade, entende?
Em forte piano
Não creio em quem
prega todo o dia o credo!
E minha nave se chama
solidão
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