Era uma vez um garotinho que queria ser amalucado que não
sabia que havia no mundo muitos outros garotinhos que queriam ser desvairados.
Ponto, parágrafo e dois pontos.
Então esse garotinho que queria ser diferente que não sabia
que havia no mundo muitos outros garotinhos que queriam ser excepcionais começou
a ser um garotinho singular.
E esse garotinho que queria ser descabeçado que não sabia
que havia no mundo muitos outros garotinhos que queriam ser desmiolados continuou
sendo um garotinho desequilibrado.
Só que esse garotinho que queria ser lunático que não sabia
que havia no mundo muitos outros garotinhos que queriam ser loucos mas mesmo
assim continuou sendo um garotinho delirante que não sabia que havia no mundo
muitos outros garotinhos que queriam ser esdrúxulos um dia percebeu que havia
no mundo outros garotinhos já decididamente — e eis que aqui entra O GRANDE
ADVÉRBIO — insanos que eram muito mais excêntricos que ele, o garotinho que queria
ser esquisito.
Schlupt!
A maluqueza foi aí um dia e engoliu o garotinho.
E ninguém se perguntou bosta nenhuma.
Pois o garotinho que queria ser espeloteado nunca tivera
peito de alertar seu pessoal — e ele o desconfiava, pretendente a culto que
era — que a loucura podia um dia fugir ao SEU controle e assim num VAPT fazer
do seu mundinho areia e do seu esqueminha filosófico FARINHA e da sua pretensão
a DEUS SOLITÁRIO DE SI MESMO açougue e si nada, pois (então o menininho recebeu
a iluminação) não somos porra nenhuma ante um sentimentozinho que subitamente
brota lá longe do passado para confrontar nossa cara com o espelho que — CREDO CRUZ — não queremos olhar PUF puf PUF
E o garotinho que queria ser alienado ficou querendo ser estapafúrdio
até empunhar a verborrágica metralhadora que pipocava três pontinhos a cada
segundo undo und un u
Nenhum comentário:
Postar um comentário