Um aí no terremoto

Minhas mãos não são minhas
Se te agarram, não sou eu
Meus olhos não são meus
Se te olham, espiam
É minha a maciez da Terra Nova da tua barriga contra a minha enquanto giramos noite adentro sem rodopiar.
É meu o perfume do teu cabelo a penetrar meu nariz enquanto sonho que quem te abraça é uma sombra.
Por uma fração de segundo franzo a testa.
É minha esta canção dos Beatles. 
Por ela, nasci.
Cresci.
Te encontrei.
Morri.


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