Para ninguém

Enquanto amanhã não chega
Não terei demolições a fazer
E as velas da minha infância não terão se apagado
Não continuarei
Nem serei chamado do que não sou. (Quando é que vão tomar cuidado com as palavras, santa mãe?)
Enquanto meu braço direito pende lasso
Enquanto minha mão treme irriquieta
Eles esperam o golpe da marreta de cujo peso aprenderam a depender