Mil, trezentos e cinquenta

E me dá meio que uma saudade.
E me aliso a camisa e me autodeclaro feliz. Meu rosto está inexpressivo.
E me dá essa raiva.
E começo a gesticular como se uma muriçoca fugida detrás de Plutão viesse me picar.
E paro, homem abortado e perdido.
E quero vigiar as cercanias e roubar só pra mim a pupila rilkeana da única flor pós-dilúvio.
E me culpo por ter me deixado esterilizar abandonado por todos os perfumes e as carícias.
Ultradelicadíssimo carbono 60 que me protege do amor, és a membrana possível.
Neste grão-de-bico povoado por 9 bilhões de solitários, escrevo para ter uma leitura que me distraia quando me aposentar.