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Um antigo leitor (não vou declinar o nome, não sou esnobe (ih, agora já esnobei)) escreve para dizer que minha escrita vai ficando cada vez mais suja.

Ah, esses higienistas. Um, esses eugenistas.

Intelectuais acabam virando intelectuais principalmente por uma necessidade de purismo. Tentam reconstruir no mundo das ideias a perfeição inencontrada no mundo dos fatos. Daí a formidável abundância de bizarrices pseudas. Primam aqui aqueles intelectuais que não têm intelecto suficiente para proclamar que o são.

Reverberando minha postagem anterior, não tenho saudade quase nenhuma de quando me preocupava em escrever bem. A boa escrita pode ser uma armadilha e é na maioria das vezes. Por isso há mil profes pascoalinos para cada grande escritor. Hemingway vivia reclamando que Dostoiesvy escrevia mal e não há termos de comparação entre ambos, apesar da tietagem descarada (e pour cause) de Carpeaux no célebre prefácio que escreveu para um livro do americano lançado aqui no meado do século passado.

Tudo bem, podem dizer que as ideias formam um mundo à parte, tal como o espírito. A questão é exatamente essa. Pretextos como esse é que têm resultado em inefáveis tragédias ao longo da história.


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