Memórias do cárcere químico XVII

A diferença básica entre o esquerdista típico e o resto da humanidade é sua incapacidade de ver-se como indivíduo. 

O esquerdista pensa antes no grupo social em que está inserido e só depois se enxerga como pessoa. Isso é fácil de constatar quando se pensa nos gays, nas feministas, nos "justiceiros sociais" (termo em voga nos EUA e que deverá entrar para o nosso repertório sociológico em breve) e nos progressistas em geral.

(O pensador canadense Jorban B. Peterson recomenda aos pais que sempre sondem seus filhos que cursem o ensino básico para ver se eles estão incluindo em seu vocabulário cinco palavras, gênero, diversidade, inclusividade, privilégio (branco), e, acima de tudo, igualdade. "Nunca permita que os professores falem a seus filhos sobre igualdade. Se estiverem falando, significa que seus filhos estão sendo doutrinados, não educados".)

O predomínio do grupo sobre o indivíduo viria a originar nos, onde mais? EUA a praga do Politicamente Correto  e outros códigos de fala e conduta destinados a homogenizar a atuação de cada membro dentro de cada grupo e protegê-lo de ataques desferidos por direitistas e sua pessoalidade fedorenta cheia de farpas e espinhos e idiossincrasias pegajosas e nojentas.

De quebra, como não poderia deixar de ocorrer, o PC tem cerceado mais e mais a liberdade de expressão, tornando a comunicação entre as pessoas absurdamente complexa e até confusa e contribuindo para ressentimentos ideológicos. É cada vez mais comum, mesmo em situações triviais, o sujeito ter de levar em conta todas as possíveis implicações de seu pensamento antes de abrir a boca, o que não raro leva ao exercício da autocensura e à frustração.

(Enquanto isso vou esperando uma manifestação de apoio e solidariedade das feministas à ex-mulher daquele psicopata "juiz" dos direitos humanos que a torturava e estuprava em casa e a forçava a assistir na marra as sessões de direitos humanos que ele, psicopata, presidia. Não vai acontecer, claro. O cara é petista e portanto paira supremo acima da lógica.)

Cara, que jubiloso sentimento de liberdade sinto por não ser esquerdista. Credo.

Me orgulho das minhas virtudes e até de algumas características pessoais que no mercado são consideradas defeitos. Todo santo dia dou graças aos céus pelo que tenho de mais meu: minha individualidade, este ser único e exclusivo que sou dentre outros oito bilhões de mamíferos bípedes espalhados por este planeta em decomposição. Me orgulho pachorramente não de ser o que sou mas de ser quem sou. E de não ter de participar de clubinhos que queiram me aceitar ou não.


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