Memórias Livres do Cárcere Químico, Enfim V

Não tenho opinião formada — e nunca vou ter — sobre dividir vida e obra de artista. Os estruturalistas nunca me convenceram com seu suprematismo da obra, Castoriádis quase chegou lá.

Não consigo me convencer de que o sujeito que faz a obra não é importante. E sempre me pergunto por que se fala montanhas sobre a vida pessoal dos artistas e suas biografias. Começou séculos antes do asqueroso celebridadismo atual.

Ah, todo santo dia fetichiso Sylvia Plath, seu pai, mote de muitos de seus poemas, seu marido e também (puta dum) poeta Ted Hughes que as feministas acusaram de precipitar seu suicídio, a segunda mulher de Hughes que também enfiou a cabeça no forno do fogão igualzinho Plath e o poema que ela cometeu depois de cortar o dedão fazendo janta pro, ugh, maridão.

Jesus, gosh, mãezinha, tenham dó de mim.


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