Tem hora que cansa

Cada vez que abro o arquivo Amorokê.doc, meu livro mais recente, é um take diferente dependendo de várias variáveis, meu bode comigo mesmo e com o mundo, meu teor etílico, minha crença no momento sobre a proximidade do fim do mundo. Ora o máximo, ora uma merda. Se tiver a sorte ou o azar de ser publicado, com sorte ou com azar um crítico vai decretar passa, não passa, promissor, desiste, so and so, vai que dá, joga no lixo, para de imitar fulano, para de plagiar sicrano.

Vi outro dia o Décio Pignatari entrevistado pelo Manuel da Costa Pinto esclarecer que as escolas de literatura formam críticos, não artistas. Eis o tipo de insight possível apenas a um artista.

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