O valor de mil palavras



Me-mando incontinenti quando entro num blog literário e dou de cara com fotos. Não confio em quem escora suas postagens em cartões-postais estetizantes.

Mas não pude resistir à propensão ilustratória quando vi esta do Maycon Cleverson Santos da Silva e bela companhia.

Maycon Cleverson Santos da Silva mora em Fontoura Xavier, no interior do RS. No dia 6/10/10 Maycon Cleverson Santos da Silva acertou a Mega-Sena acumulada. Maycon Cleverson Santos da Silva embolsou R$ 119.142.000,00.

Na foto acima podemos ver Maycon Cleverson Santos da Silva e algumas amiguinhas. Não sei se Maycon Cleverson Santos da Silva conquistou essas amiguinhas assim que faturou a sorte grande. Seja como for, dizem que a foto foi tirada 15 minutos depois que Maycon Cleverson Santos da Silva recebeu o prêmio numa agência da Caixa Econômica em Porto Alegre.

Segundo consta, a moça de blusa vermelha afirmou que estava de olho em Maycon Cleverson Santos da Silva fazia tempo. Se postava na janela esperando Maycon Cleverson Santos da Silva passar a caminho do trabalho, pois sempre achou Maycon Cleverson Santos da Silva um gato. Maycon Cleverson Santos da Silva trabalhava em um frigorífico. Não sei se Maycon Cleverson Santos da Silva pediu demissão depois de botar a mão na bolada.

E rumores correm que a loirinha toda de preto passara o ano todinho a escrever a Maycon Cleverson Santos da Silva bilhetinhos encharcados de ofertas lascivas de emporcalhadas orgias. A mencionada loirinha, porém, alegou que nunca enviou tais bilhetinhos a Maycon Cleverson Santos da Silva, pois, segundo suas próprias palavras, sendo extremamente tímida, não teve coragem suficiente. De qualquer forma, Maycon Cleverson Santos da Silva seria incapaz de responder, visto ser analfabeto de pai, mãe e tia.

E, por fim, dizem que a terceira amiguinha, aquela de umbigo de fora, estava, no dia anterior ao anúncio do prêmio, se preparando para ir ao barraco onde Maycon Cleverson Santos da Silva morava, pois tinha decidido que Maycon Cleverson Santos da Silva era o homem de sua vida e ia lhe pedir a mãozona em casamento. Acontece, segundo ela mesma, que, já a caminho do citado barraco, parou num botequim ansiosa por iniciar os festejos do casório, acabou bebendo além da conta, desmaiou e, ao acordar, viu-se numa cama, pelada, ao lado dum mané também pelado que, conforme descobriu depois, era o dono do boteco.

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