Nove e trinta e dois

Passa a madrugada desvairada em promessas?
Zanzando aflita entre ontem, a cama, a sala,
tua espera entre a porta da rua, o quintal
Erra um amanhecer seguro onde pousar um
minuto.

As horas doentes do medonho furacão dos teus
rostinhos em miniatura em vitral inefável
Murmurado em versinhos frágeis qual cristal
que, em reza angustiada, não se estilhacem
em cacos cortantes se um dia vier a dissipar
meus milênios no redemoinho da minha febre.

Chega então vazia da ressaca da tua inspiração
e, quase envergonhada, vestida sem cor na
surda fôrma do sábado, luz e sons abanando
meu impossível presente.

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