Robertinho acorda e pula da cama. Durante o sono não sonhou nem teve pesadelos. Tem a boca nem seca nem úmida. A cabeça não está nem zonza nem clara. Mas Robertinho está animado. Não sabe por que mas está.
Sem pensar em nada, tira o pijama e veste o uniforme da escola. Depois calça os sapatos e amarra. Uma musiquinha está tocando bem lá longe no fundo, não sabe se dentro ou fora dele, não sabe se está tocando mesmo.
Robertinho vai ao banheiro e faz tudo que geralmente se faz no banheiro. Está começando, e sempre é bom começar não importa o que seja. Talvez à tarde vá à casa do juninho jogar bola. Ou à do zezinho balançar e brincar na gangorra. Robertinho não sabe como é estar morto, mas sabe como é bom estar vivo – estar vivo outra vez.
Robertinho sai do banheiro e vai absorto para a cozinha. Papai e mamãe devem estar na mesa tomando café. Todo dia estão.
Mas não estão. Robertinho fica confuso. Cadê eles? Vai ao quarto dos pais. – estão dormindo.
– Mãe, acorda! – Robertinho diz, indo para o lado da mãe. – preciso ir pra escola. Acorda!
A mãe resmunga e se vira para o outro lado.
– Mãe, acorda! Preciso ir pra escola.
A mãe resmunga de novo. Boceja e abre os olhos.
– Que escola, menino! Hoje é domingo.
– Não é não, mãe. É quarta.
– Deixa de ser bobo, hoje é domingo. Vá dormir – o pai bronqueia, acordando.
Robertinho volta para a cozinha. Que terá havido com os pais? Ficaram malucos de repente?
Olha a folhinha. É domingo. Mas tem certeza de que é quarta. Ontem foi à escola, pois era terça. Se ontem fosse sábado, não teria ido.
Sim, hoje é quarta. Tem certeza. Olha a folhinha de novo. Da terça pula para o domingo. Roubaram quatro dias da semana.
Volta para o quarto, deita, sente um desconforto. Começa a doer. Levanta. A dor passa. Torna a deitar, doi. Percebe que não pode mais deitar. Queria que alguém o amarrasse para poder dormir em pé.
Sem pensar em nada, tira o pijama e veste o uniforme da escola. Depois calça os sapatos e amarra. Uma musiquinha está tocando bem lá longe no fundo, não sabe se dentro ou fora dele, não sabe se está tocando mesmo.
Robertinho vai ao banheiro e faz tudo que geralmente se faz no banheiro. Está começando, e sempre é bom começar não importa o que seja. Talvez à tarde vá à casa do juninho jogar bola. Ou à do zezinho balançar e brincar na gangorra. Robertinho não sabe como é estar morto, mas sabe como é bom estar vivo – estar vivo outra vez.
Robertinho sai do banheiro e vai absorto para a cozinha. Papai e mamãe devem estar na mesa tomando café. Todo dia estão.
Mas não estão. Robertinho fica confuso. Cadê eles? Vai ao quarto dos pais. – estão dormindo.
– Mãe, acorda! – Robertinho diz, indo para o lado da mãe. – preciso ir pra escola. Acorda!
A mãe resmunga e se vira para o outro lado.
– Mãe, acorda! Preciso ir pra escola.
A mãe resmunga de novo. Boceja e abre os olhos.
– Que escola, menino! Hoje é domingo.
– Não é não, mãe. É quarta.
– Deixa de ser bobo, hoje é domingo. Vá dormir – o pai bronqueia, acordando.
Robertinho volta para a cozinha. Que terá havido com os pais? Ficaram malucos de repente?
Olha a folhinha. É domingo. Mas tem certeza de que é quarta. Ontem foi à escola, pois era terça. Se ontem fosse sábado, não teria ido.
Sim, hoje é quarta. Tem certeza. Olha a folhinha de novo. Da terça pula para o domingo. Roubaram quatro dias da semana.
Volta para o quarto, deita, sente um desconforto. Começa a doer. Levanta. A dor passa. Torna a deitar, doi. Percebe que não pode mais deitar. Queria que alguém o amarrasse para poder dormir em pé.
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