Quem terá a coragem de me dar livre passagem?
Quem, ao passar, me verá vagar doente e
lamuriante a dormir?
E quem pensará duas vezes antes de correr a mim?
Quem evitará que eu saia esta noite a navegar
por barcos retornando ao porto derradeiramente?
E quem cavalgará o saltitante cavalo de unidos, contentes cascos
Ao longo do caminho em cujo fim aguarda o povo que planejei para minha pátria?
Devo alertar:
Repudio os símbolos da vida
Sou tão único quanto é novo o amanhã
Sucumbe o artista sob o mito
Acalma-se sob a transcendência o filósofo
Sem decidir-se o mundo pelo próprio nome
Não duvidarei da minha existência
Mais um descarrego esporádico...
ResponderExcluirEssa facilidade em poetizar me encanta.
Sim, meu caro, és tão único, ímpar, quanto é novo o amanhã, quanto é perturbante e belo o teu escrito.
O aroma da tua palavra que desnorteia.
Hummmm, que delícia.
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