Retornando ao mundo


Sem acessar o teclado cibernético
da manhã, crispo os punhos no lençol para
me agarrar.

Não está em mim, em você, onde está?

Com um dos ouvidos, um dos olhos,
Uma das mãos, um dos corações,
um dos pés no barco que volta, tenho um outro
que avança,
na boca meu gosto de nada,
o gosto de mim.

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