À tarde saí pra zanzar um pouco pelas ruas, de repente
soprou essa estranha lufada de vento.
Okay, já vi lufadas como essa antes e sei que são meros fenômenos
meteorológicos.
(Se bem que fenômenos sejam sempre fenômenos e, acho, não devemos
menosprezá-los.)
Então percebi que o vento me tirava do meu rumo (se é que tenho
um), me voltando sempre numa certa direção.
Tentei resistir por uns segundos, até me dar conta de que não tinha
escolha senão renunciar ao meu livre-arbítrio.
E deixei que o vento me guiasse, me roubando o comando dos meus
passos.
E, como se uma luz repentinamente brilhasse para me iluminar, vi,
claramente feito a luz duma estrela, que a minha ventania não tinha
destino nenhum.
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