Toadinha sue generis para minha colega Sue Cida


Sue Cida, 

Você me conhece há anos, eu não te conheço, pelo que dou graças ao bom diabo e deus.
Tenho em mim algo difícil de explicar que é este meu bode aos meus admiradores.
Não sei exatamente o que é, mãezinha.
Às vezes sinto nojo, outras, repulsa, outras, repugnância, outras, simplesmente asco.
Acho que hoje em dia posso aquilatar que os mistificadores, e eles são 99,99% da humanidade, existem para manter esse esdrúxulo equilíbrio do mundo em que os 0,1 % restantes carregam o universo nas costas.
Eu também ouvia a conversa dos falantes.
E como há falantes do lado de cá, paizinho.
Imbuídos da graça de alardear a verdade qual galinhas cacarejantes.
Eu escutava o vozerio lá dentro na sala sob a dramática luz do lampião.
E logo adormecia embevecido antes do anúncio da morte.
Alguns poucos anos se passaram, fui testemunha da inocência.
E acordei vinte anos mais tarde com olhos cegos da minha própria luz.






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