Tem essa professora monstruosa que no recreio nos une a todos de
mão em mão e nos arrasta a todos à irresistível ciranda que a partir de então
nunca mais será detida.
Há entidades
concretas qual concreto que se referem a todos nós como contribuintes,
associados, público, população e assim têm facilitada sua vontade de nos
humilhar e denegrir coletivamente.
Tenho dormido
absurdamente demais nos últimos tempos. Acordando de má vontade, abúlico,
assassino, apenas para checar se por um milagre recuperei aquela minha
revolucionária capacidade de pensar de que me lembro nostalgicamente da
adolescência e que resvala assim num segundo! de volta para o sarcófago onde
dormito minhas tardes fugazes.
Nos últimos meses
venho falando excessivamente de "coragem". E, mesmo anestesiado, este crepúsculo consegui me espreguiçar feito um urso marinho e me assombrar com
esse buzzword que nos últimos meses vem me assombrando sem maior utilidade.
Estou cheio de
pensar em coragem — não a tenho, não a quero, não a admiro. Assim, de enfiada,
assim, de goleada de gols contra.
O papel dos
grandes escritores é nos recolocar dentro dos limites da "nossa"
humanidade.
Por ter articulado
a oração acima, me rendo.
ME RENDO.
A memória reassume
meu comando e retorno à minha americaníssima zona de conforto.
O papel dos
grandes escritores é nos remover da nossa zona de conforto.
Ergo os braços.
George, fuzile-me. Não tenho escapatória.
Nenhum comentário:
Postar um comentário