Sábado doido pra arrebentar


Não quero saber a hora, não quero que me respondam, não quero querer.
Sou um cara que evita falar qualquer coisa só pra marcar ponto, entende, Aristobaldo da Fonseca Guimarães, vulgo pernudinho?
(Olhe, digo isso com candura e sinceridade; na minha vida já arrumei tanta encrenca com minha franqueza, que não sei se o problema está na inépcia das minhas palavras ou naqueles que não me entendem. Tudo que desconfio é que a nova versão 3.42 da raça humana, essa gente que vive online trocando figurinhas e se entretendo com joguinhos, está perdendo a capacidade de intelecção.)
É noite de sábado, mais um vez, e não estou com disposição de falar dos meus velhos trastes psicomentais. Minha língua emperrou de novo e meus dedos, tenho de fazer um esforço fantástico para mexê-los. Se estivesse um tiquinho mais animado, falaria de assuntos nobres como poesia, papéis literários, a renúncia a viver para escrever. Este último tema é absolutamente "sensível" para mim e me deixa perturbado. O problema é que na maioria das vezes (?) só me permito me perturbar pelas minhas próprias perplexidades.
Pessimismo é outro "princípio" que me deixa confuso. Me acho meio pessimista (os que convivem comigo me acham totalmente pessimista), mas em geral não sei separar em mim esse pessimismo que a maioria acha ruim e equívoco e que para mim é um dos estados mais naturais da espécie, e esta minha imperiosa necessidade de ser realista me faz olhar o mundo e as coisas e as pessoas e as borboletas do que jeito que provavelmente são e não do jeito que os que estão no mundo querem que eu os veja.

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