Sábado, quem diria que é o dia mais esquisito da semana?


Sábado à noite mais uma vez e eis-me aqui desanimado(o), cansado(o), entediado(o) e de saco(a)-cheio(o) no meu covil por conta desta soniferíssima experiência digital em que nada de interessante acontece. Devia estar lendo, claro. Digo, lendo em papel, a única leitura digna do nome. Mas me viciei em perambular pela rede ciscando vermezinhos, fiapos de pele, pedras falsas, restos autênticos. Ando pensando em escrever algo como Como levar perigosamente sua vida digital. Mas é sábado à noite e já corri todos os riscos digitais que podia correr em minha insossa existência, inclusive a digital. Foram anos de estripulias e pude concluir que riscos que tais não valem a pena. Conheci muitas pessoas que no fim se reveleram apenas espantalhos reais travestidos de bonecos virtuais que fizeram aumentar perigosamente meu sentimento de solidão. E comprovaram, a mim, que não há vida digital minimamente gratificante  possível. A menos que você seja daquele tipo que todos conhecemos — aquele que já nasce de casca grossa e uma moldura onde resplandece um baita sorriso com todos os dentes já pespegada na cara. Mais ou menos como os habitantes de Los Angeles. Sábado à noite não é tempo de agito por aqui? Que falta fazem aqueles bailinhos na casa do ...aldo.

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