Enquanto chacoalho a cabeça

Tenho lido uma porrada de crítica nos últimos anos.

Todo mundo que lê uma porrada de coisa por anos sabe a que me refiro. Você ganha uma porrada de conhecimento e perde uma porrada de princípios que aprendou a cultivar ternamente ao longo da vida e que agora parecem fazer falta.

No frigir dos ovos, acho que aprendi algo fundamental, que espero não desaprender mais — aprendi que cada obra, se foi mesmo feita com arte e sentimento e nasceu do coração do artista, tem seus próprios fundamentos. Pode ser comparável a outras mas apenas marginalmente. Em sua essência, é única.

E aqui está o que importa:

Em sendo única, não se submete à trivilidade dos parâmetros que a crítica usa para abordá-la. As ferramentas que tais senhores usaram anteriormente alhures estão contaminadas.

Envenenadas. E, envenenadas, terminam por matar o objeto em apreço no mesmo segundo em que os olhos críticos se voltam para ele.

Por que levei décadas para ver essa verdade tão simples?

Porque, qual a maioria da humanidade, nasci viciado em parasitismo.