Carente de festas-surpresa

O amofinado blogueiro que garatuja eletronicamente este sorumbático blog vive, desde que passou a ter alguma consciência das coisas, esperando que alguém lhe faça uma festa-surpresa.
Quando volta — pois o amofinado blogueiro que garatuja preguiçosamente este sorumbático blog volta sempre, pois eis que sempre vai —para e do trabalho, para e da escola, para mas não do boteco (pois deste nunca volta) ou simplesmente da e para a rua, volta pensando “É hoje!” (Sim, com ponto de exclamação, pois o amofinado blogueiro que garatuja mecanicamente este sorumbático blog é antes de tudo espantadiço.)
Mas o amofinado blogueiro que garatufa solertemente este sorumbático blog não precisa mais cultivar seu sorumbático estado de amofinamento. Pois, em postando uma nova postagem neste sorumbático blog, SURPRESA!!! alguém na mesma noite lhe fará uma festa, assim sem mais nem menos, e o coitado poderá enfim pensar, pela primeira vez em sua vegetativa existência — e mesmo ilusioriamente —, que viver vale, sim, a pena.


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