Dar a mão para o outro é introduzi-la no espelho da água imperturbada dum lago.
Escutar a voz do outro é distingui-la no clamor que se ergue no meio da tua multidão.
Falar com o outro é emudecer para todos os demais que souberam escutar tua voz perdida no deserto dele.
Repito: nada me resta que o esplendor dum tchau.
Aos mudos, tapo os ouvidos.
Aos surdos, calo minha voz.
Aos cegos, fecho meus olhos.
Esta fome imensa basta para me saciar.
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