Tem escritor
que a gente lê mil vezes e vai reler até o fim da vida. O maior exemplo,
obviamente, é Machado. E Graciliano. Rosa, talvez. O invencível Carpeaux. O
super-homem Sigmund Freud. O mais incorruptível de todos, Nietzche. O bardo, o maior
poeta de todos os tempos. Mann, a divindade entre os gênios. Dostô, o
estraga-prazeres entre os homens. Hemingway, o mestre do controle do ritmo do
olhar. Malraux. Mario de Andrade. Flaubert. Rilke. Graciliano (de novo). Goethe (sempre). Kafka (suprasumo). Proust (hors concours).
E tem escritor
que você já leu, mas não com o devido tempo e cuidado: pe. Vieira, Sérgio
Sant'Anna, Ferreira Gullar, Dalton Trevisan. João Antonio. Lima Barreto. Mario
Faustino. Anthony Burgess. Eugene O'Neill. Thomas Bernhard. Harold Pinter. Jane
Austen. Lorca. Camus. Becket. Yeats. Moravia. Borges. Cortázar.
E tem escritor
que você já leu e lerá de novo se tiver chance. Exemplo: Nelson Rodrigues.
Rubem Fonseca. Alguns dos mineiros. Sebald. Heinrich Böll. Javier Marías.
Joyce. Calvino. Dante. Bioy Casares. Piglia. Antonio Maria.
E tem escritor
que já devia ter parado de escrever mas não tem peito de largar o osso (como
fizeram Nassar e Salinger). Exemplo: L.F. Veríssimo, Cristóvão Tezza. Patrícia
Melo.
E tem escritor
que você não leu e duvida que seja escritor: Chico Buarque.
E tem escritor
que nunca deveria ter escrito coisa alguma: I.L. Brandão, Autran Dourado, L.F.
Telles. Fabrício Carpinejar. (Bem, a lista desta última categoria é a mais
longa de todas, teríamos de mencionar trocentos milhões deles, só no último
ano.)
PeKePê, tem
escritor paka, kara! De tudo que é jeito, pra tudo que é gosto.