Assalto alta madrugada

Sô me cobre a virilha com a mão aberta, crispa os dedos, puxa.
Emito um hmmm sonolento.
Vem, benzinho. Vem meter.
Hmmm.
Morto. Odeio meter morto.
Só se você ficar morta também.
Estica meu saco zuzuzuzuzuzzzz.
Foco o pensamento no meu pinto.
Acorda filho da puta. O dever te chama.
Recurso mnemônico.
Ai como era gostoso comer a bundinha de Sô.
Quando foi mesmo?
Terá soerguido um milímetro?
O Altair. O Altair é minha salvação.
O Altair vira Sozinha de banda e enfia por trás. Geme. Um polegar se introduz no cuzinho.

Parêntese.
Sô ontem queria swing.
Com quem?
O Altair.
E a patroa?
Hm-hm.
Sô volta pro buteco, desmaio sozinho.
Não sei dormir sozinho. Remonto a estados primevos proibidos a consciências a.D.
Iolanda é o nome da peça.
O Altair monta em Sô, grudo os olhos. Ela espana as pernonas de égua, agarra o membrão do reprodutor, entucha a cabeça naquele ponto indistinto mascarado alhures entre as pernas das fêmeas.
Iolanda me puxa cuspindo a língua entre meus lábios.
Sinto minha mão direita percorrendo o corpo de Iolanda, do imbigo ao púbis.
As pontas dos meus dedos médio e indicador se detêm no que parece ser algo plástico. Soergo o torso e olho. Uma fralda geriátrica.
Dentro da cabeça, duas torcidas. Uma faz negativo com os polegares pra baixo. Outra, arregaça os dentes, vai que é mole.

Mole demais, benzinho.
Me perdoa.
Pensei demais hoje à tarde.
Tô perdendo o pique.
Quase não sei mais.
Essas minhas fantasias (tão) tão surradas.
Tô precisado duma respiração boca a boca, mergulhar no meu abismo
Particular