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— AAAAAh. AAAAAAAAAh. AAh. AAAAAAAAAAA AAAAAAAAh. 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A. A. AA AAA AAAh a garganta teria gemido se A Rola tivesse logrado a mente tentando imaginar a cara da val em seu teatrinho onírico, seu teatrinho onírico merecia um livro à parte mas ficará pras nuvens que são o resultado de todos os pensamentos pensados mas irrealizados, essas merdas que tu tem dentro da cabeça vão pro espaço, ficam lá em cima girando sobre as cabeças dos nossos descendentes, coitados. E cachaça. Os olhos abrem sem querer abrir. Ela cessa a manipulação da Cabecinha da Rola, sempre um parênteses porque não parece falso como todo o resto que vivemos e fazemos. A alma saponácea precisa pelo menos um desses por dia, o equilíbrio do nosso corpo, já tentamos dois três mas a alma saponácea viu que era demais. Dia sim dia não era pouco. Um por dia basta. Sabe-se, tem insaciável por aí que queria logo cem duzentos. É o problema de hoje de ontem. Faltura de limite. Porra, val, que Katso esse equilíbrio inextinguível. Deixar de soar falso, não querer comprovar tudo empiricamente; rigor sem ser rotina. O que te mata é a rotina, val. Porra, val, tá tão claro agora. A prisão do previsível. Que preguiça. Eta Puta tendência a ser moralista. Querer que os outros sejam Funhanhados como a gente, a rotina só é necessária até certo ponto, a princípio você fica desnorteado, precisa ficar procurando razões para as coisas que pensa. A rotina faz isso automaticamente por você. Quando decide abandoná-la — pois que é algo que se abandona feito roupa velha que já não serve ou mulher que de repente perdeu os encantos e você um dia se pergunta, Porra, val. como é que fomos gostar disso? Depois que abandona precisa se persuadir das coisas, só isso, anote aí, não é mixaria, claro. Experimente [só] pra ver. Não é nenhum nada fácil não. O antes familiar fica estranhovagodistanteestranhovagodistante. Não feito porretada quando cheira. Não fica atordoado (a maior benção). Perder o controle dos pensamentos dá náusea ao nosso corpo. Confundir sentidos com sentimentos. Por outro lado, val por outra lada val pelo misterioso outro lado da tua Bunda, val, do escuro, do passado, dos mulçumanos sabe-se que é chato falar em religião, mas que fazer? Anote aí. A única filosofia do ser humano, a única realidade do ser humano, a única realidade é passar toda a vida, cada um dos dias, todo santo dia dizendo a si mesmo que precisa mudar. Mudar, val. Tá ouvindo nossa voz? Mudar. Seja do jeito que for, sair dessa vida, mesmo que pra dar um fim nesse maldito ruído dentro da cabeça, nesse cheiro de cocô no ar, nessa memória prodigiosa que não dá trégua. Você põe tudo na conta da natureza, val. O fato de não poder comer aquela vizinha de Tetas Suculentas que dá pra todo mundo menos pra você, o fato de não conseguir dormir direito e passar o dia caindo de sono feito zumbi. O fato de não ter quem te inveje. A Lista. Então você tem de mudar. A quilométrica fila dos teus dolorosos erros. Isso só se faz levando — ou dando — uma pancada emocional no teu torpor. Curto-circuito nos teus transistores enferrujados melecados duma gosma de tédio e mágoa, que te obriga a viver com o pé no freio, a mão na rédea, espiar as coisas em vez de vê-las, esse permanente apertamos no Cú. Não gostamos de misturar sentidos e sentimentos. Porra. Somos orgânicos. Mediocremente pequenos em nossa acidental combinação de silicone e carbono que nos obriga a especular. Sabe-se, a boca prometeu que não ia usar essa palavra. O que nos dá mesmo nos nervos é liberdade, o desgraçado que é livre mas fica falando na necessidade de libertar-se procurando sarna. Que culpa temos se as moléculas que nos couberam foram estas? É tudo pretexto pra encontrar uma desculpa pra continuar a ter esperança. Anote aí. Dez de maio. Dia do suicídio coletivo mundial. Talvez não seja este ano nem no próximo, mas será. Dez de maio. Data bonitinha, cheia de babados e implicações aritméticas cabalísticas. Os idiotas gostam disso. Porra, se há uma característica comum a todos nós é a homogeneidade. Tem uns bestalhões aí enaltecendo a intratabilidade da nossa natureza, pellegrinis falando baboseiras como diversidade mas somos todos iguais, feito pedras de cristal, umas brilham mais, outras, menos, umas mais translúcidas, outras, menos, mas cristais todas, mesmas propriedades, substâncias, podemos ser mais ou menos suscetíveis a eletricidade, fracasso, dor, mas isso não quer dizer nada em nossa natureza acidental. Vivo no nove de maio. Oito e meia. É tarde, precisamos ir. Tá escuro lá fora. As pernas vão sair a esmo, os olhos às cegas, as mãos a tatear, os pés tropeçando num pequeno obstáculo qualquer, o corpo caindo, a cabeça batendo e o corpo morrendo. Deixar-se atropelar, tomar um chá para que a cabeça perca a memória. Quem dera. Val, tudo é válido pra quem não se lembra. Cansamos de levar tudo a sério. Existir em estado de sugestão. Inovar pra repetir. Construir edifícios invisíveis. Esperar o fim iminente. Descobrir o que já sabe-se. Chega menina. Estamos cansado. Achar que algo tenha importância nesta Porra é coisa de imperialista. Afinal vamos perder a guerra tal como os romanos otomanos biguemaquianos. Precisamos sair. Nós e nossa meia dúzia de nós fingidos. Chega a boca disse. Temos de largar esse vício. Não espere nada de nós. Precisamos nos proteger. Mas vamos zanzar por aí neste paisão (embora a mente saiba que é o mesmo que ouvir uma orquestra sinfônica feita só de apitos).