O pirata honesto

Há uma fronteira extremamente tênue entre a civilidade e o  primitivismo.
Tênue, muitas vezes quase indefinível,  mas fronteira mesmo assim.
Você pode dizer não. Você pode acabar c’um noivado de doze anos. Você pode até mesmo esbofetear alguém, que a seu justo juízo, tenha violado as regras socialmente aceitas, e, nesse caso, sua comunidade na certa irá aceitar seus critérios.
E você pode fazer mil juras de amor ou mil juras de fidelidade e você também pode simular uma vozinha doce, cordata, quase obediente, uma vozinha promissora de que haveremos de lutar juntos para, num futuro quiçá não muito distante, podermos partilhar os frutos da nossa luta, mesmo que a tenhamos travado cada qual dum lado...
E mesmo agindo assim com tantas precauções sociais você pode se mostrar, no fim, um grande cafajeste ou uma grande capadócia.
Tudo é tão relativo, baby.