Podia ter
tomado meus caminhos batidos
Absorto sob
a noite indecisa, como sempre
Cativo
assombrado dos pensamentos
Olhos
voltados para baixo, mãos enfiadas nos bolsos
Pés e pernas
seguindo resolutos para lugar algum
Pisando em
borboletas e fezes, minas explosivas
Sob as
passadeiras de polipropileno e as
Ervas
daninhas
Mas parei
Abri os
olhos e, combatente do meu
Sossego, olhei
em tua direção e
Te odiei
Quando a
todos pago com indiferença
Te dando
motivo para gargalhar
E então gargalhaste
Tendo te
odiado, tornei à minha abulia
Tive um
vislumbre do futuro
Te vi diante
de sombrias barreiras
Te consumias
sem saída
Percebendo-as
derradeiras
Insuperáveis
qual a morte
Inadiável fim do tempo
Enlouquecedora sideral solidão
A que
nascemos todos predestinados
E em meu
vislumbre não mais te odiei
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