Doido

Leis há contra as quais ninguém pode ousar pecar.
Idiossincrasias, você proporia?
Nem tais leis se deixam abalar por circunstâncias fugazes.
Me dirijo a mim mesmo, o doido sou eu.
Das doidices por aí, todas tão light — o obsessivo por comandar a festa, a maníaca por alguém que a reconheça talentosa — eu sou o mais encanado.
Você quer — me parece certo — você quer a prova de sangue.
Esta nunca houve, pelo que eu saiba.
Talvez prefira ver o quintal tinto de carmim?
Não posso me negar a reconhecer, ficaria bonito.
Deitados, assistiríamos cada lajota de ardósia se recobrindo do vinho azedo que mofa em nossas veias.
Até finalmente descobrirmos para onde podem correr os fios líquidos das nossas vidas.

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