Vamos e voltamos na balança
bêbados e cegos
Meu pai passa o braço, grosso braço de
lavrador
Em
torno da minha cintura
me
segurando festeiro e tênue
e
então eu te seguro filho enquanto deslizamos
cachoeira abaixo.
A
alegria em nossos rostos é franca:
nos recusamos ao afogamento sob o oceano do
dinheiro, ante a
derrota da
última semana
Com o movimento nos debatemos
carnavalescos
soltos das regras
da
autoridade
das respostas.
A
balança vai e
quando retorna, nos separamos
e
cada qual amadurece num sistema autônomo
de
dor
Vamos nos separando sob a sina da substituição
Vê?
Nenhum comentário:
Postar um comentário