A consciência

Você é tão sujo, que seu coração está com câncer
E seu cérebro, tão sadio quanto é duro seu coração

Pois

Me lembro de você quando vejo as pessoas
Tão livre quanto as cortinas descidas
Sobre sua cama, jejuando por dias
Esperando a morte

Mas as pessoas revelaram sua mente
Para lhe mostrar que a luz não é o que pensam

Gostariam de salvar sua vida
Lhe arrancando da fantasia
Lhe ensinando o significado de realidade
A salvo dos psicóticos
Cujos conflitos possam denunciar

Me lembro do dia da realidade
Com o descobrimento das ideias coordenadas
E o coração, limpo, relutando em aceitar o cérebro

Sim, sei da beleza inalcançada
Que pensam que brilha é agora
Quando muito refletem o que chamam sanidade

Ainda que minha mente tenha cintilado em fantasia
A impertubável impotência jorra e jorra sua luz cegante

Nenhum comentário:

Postar um comentário