Quando apontar minha mão
Ela perguntará como sei de onde veio
E responderei:
Tive a percepção após a dor absoluta
Quando te vi no tempo teu, soube
Assistindo enquanto meu corpo se espremia
Algemado fora da ruína
Meu humano procedimento te deitaste
Observando
Até a vitória única nos concedermos
Em sentimentos se tornaram minhas súplicas
Para que me abatesse
À tua absorção me vejo a latejar
Com meus laterais braços e decadente semelhança
Me ressuscita ao pecado da tua atuação
Em terror
Naqueles que de seu céu desceram
Contra minha vontade
De os preservar em descanso eterno
Pois aqui, em desajeitadas posições,
Se judiam precipitadas em meu quarto
Extraindo da minha boca a inconsequente avalanche
De orações a ti, primitivo,
Enquanto, vulgar, evoco o mesmo
Me abro em folhagem pelo campo
Verde ramagem me contrastando a ti
Para, sobre ti, em negro silêncio postar-me em cruz
E aceitar o que ainda guardo em mim
Da mortífera vida
Então, carente de amor, carente de dor
Da tristeza das minhas lamúrias
Em ti, noite, me perderei te buscando
Para amar envolto em teus braços
Liberto das minhas vontades
A te dar meu sentido
Que só no azulado tempo poderia ferir
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