Eternos resquícios de Francis

Escrevendo neste mísero blog às vezes me sinto tão infantil, que me dá saudade do meu bico de borracha dos meus cinco anos.

No dia-a-dia desativo a presença do passado e finjo que não é comigo. O que se reflete no que escrevo, obviamente.

A infantilidade intelectual se espalha tão avassaladora blogoesfera afora, que chega uma hora fica virtualmente impossível manter tenência da minha "formação".

No mais, me engano que as porcarias que posto aqui pairam léguas acima da gororoba geral.

Argumento para mim mesmo que um escritor tem de se armar de certas defesas.

Contra-argumento para mim mesmo que nunca escreverei nada que preste enquanto não tiver peito para me livrar das minhas defesas.

Até sei lá quando me consolava pensando que todos somos filhos de deus e, sim, mereço o espaço que foi predestinado a todos os filhos de deus.

Hoje soa tão pífio. Tem horas, como neste exato momento, que simplesmente não posso dar um piparote numa noção que tenho e mantenho como das mais sagradas.

Sim, me reprovo, preciso preservar minha concepção do sacro.

Me envergonha que possam me ver apenas como mais um blogueiro simpático e vagabundo.

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