Nada está parado

Deixei a velha de 69 anos grávida na bacia do banheiro.

Ela jogava água acima da cabeça, enfiando uma das mãos entre as pernas e o sabonete na boca.

Soube das pessoas em meu quarto e não deitei por quatro noites.

As garrafas pegaram -- Não, o fogo queimou nas garrafas de conhaque, mantendo longe os insetos da minha -- não, desta casa.

E -- sim, e a amiga da família baixou as calças até os joelhos e ainda vou melhorar.

Trancou-se -- (trancou-se? como assim?) no banheiro da empregada (não tínhamos empregada) e meteu a cabeça no aparelho de anticoncepção e esfregou-se com a esponja de vidro ao som da (minha) batida.

Enquanto a paralítica quebrava com a bengala a cabeça da minha mãe, saindo à rua de camisola de babados, arrastando a bengala no meio das pernas.

Senti (um) nada ontem e tomei umas pílulas até (as três de) hoje.

Saí procurando um antigo e medíocre amigo, me deitando em seus sorrisos e retalhei o estômago com o copo normal e parei de gritar em meus ouvidos e alcei os cabelos e os toquei ao som de cânhamo e desembacei os vidros e não há alternativa (nenhuma).

(Toquei) (o fogo) (das mãos) (para perto do núcleo) (das coisas) e destruí as bonecas, os panfletos, as garrafas, as partituras e o lixo, as estátuas, as cordas de chumbo, o breu das velas, o aço dos pedestais, o plástico do cabo (dos punhais) e o corpo duma mulher-entidade.

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