Lacrimeja a luz do sol,
nasce a manhã em cesariana.
A madrasta, distraída da dieta,
contrai o crespo ventre,
enjaulando os nascituros
hesitantes em vir ao mundo
E retardando para sempre seu êxodo
ao impossível crepúsculo.
Eis a aurora que meu coração aguardava
para que a formidável marcha das coisas
se inaugure sob a tempestade de
estireno.
Na infecção empanturrada
das fragrantes folhas de plástico,
declaro meu amor,
que viceja, cogumelo acrômico,
sob flores de isopor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário