Necrológio

Por pouco não matei um p... hoje ã... que horas eram mesmo? Nem me dei conta, sequer tenho certeza se foi antes ou depois do almoço. Também não sei se quase matei ou se acho que quase matei. Não quis parar o carro para verificar. Sangue me deixa meio zonzo, um enjoo me sobe pelo esôfago e inunda a boca dum gosto acre. P... também. Sem falar desses outros facínoras que nos perseguem hoje em dia, ladrões, maconheiros, professores, funcionários públicos, economistas, esquerdistas pragmáticos, putz, a coisa tá barra. Para mim, não precisa nem ser bandido. Até entregador de pizza me assusta. Bom, entregador de pizza anda assustando todo mundo, não anda? Carteiro, então nem é bom falar. Porra, oquêi, eu assumo: qualquer um. Qualquer um anda me botando medo.

Os de terno e gravata são os piores. Você nunca sabe o que o sujeito leva nos bolsos internos do paletó. Nunca sabe em que circunstâncias ele... ã... como direi... ele obteve a gravata. Tudo bem, há exceções. Tudo tem exceção, até... ã... p... Mas se a gravata for de seda, aí a coisa, para obedecermos os preceitos do politicamente correto, tá afro-brasileira. Publicitário na certa. Publicitário p..., digo. É batata: pode pedir socorro. Ou perdão, se o cabra estiver perto demais e não adiantar sair correndo aos gritos suplicando ajuda.

Olha, aconteceu ainda semana passada. É, tô dizendo, seu. Foi c'um rapaz que morava aqui na rua detrás. Vê se pode, tão pertinho. Cê nunca sabe quão próximo o perigo pode residir. Quando foi mesmo? A sim, sábado à noite. A mãe e a irmã dele depois depuseram que viviam dando conselho, mas ele respondia que não tinha perigo. Cê acredita numa coisa dessas? Nunca vi tamanha imprudência. E sozinho! Tá duvidando? Vamos, te levo lá na casa dele, pergunte à mãe, à irmã. Eu mesmo fui, no dia seguinte, domingo, logo depois da missa. A Larissa ─ minha patroa, cê conhece, não conhece? ─ bom, quando chegamos em casa depois da missa, a Bete, irmã da Larissa, veio correndo contar. Eu tinha acabado de pôr o carro na garagem, estava baixando a porta de cerejeira que mandei fazer ano passado, paguei os olhos da cara mas é lindona, não é?, quando a Bete veio por trás e tascou na lata, é, assim sem mais nem menos, quase me mata do coração. Não acredito, eu e a Larissa meneamos a cabeça quando ela contou. É, igualzinho a reação que você teve agora. Pedi que ela me explicasse direitinho onde o coitado morava, ela se pôs a gesticular com os braços, as mãos, vire à direita ali no farol, depois a segunda à esquerda depois do supermercado, coisa e tal, eu disse, já sei onde fica, você vem comigo, benhê? perguntei à Larissa, ela disse, não, vai sozinho, depois você me conta como foi que tudo aconteceu, então eu fui.

Bom, para resumir, foi mais ou menos assim.

Eram umas nove e pouco, quase dez, a novela tinha acabado, todos se levantaram do sofá, pegaram os pratos e os copos, levaram para a cozinha, a irmã até deu com o joelho na jarra de suco de maracujá que estava na mesinha de centro e molhou todo o tapete, a mãe mandou a irmã lavar a louça, a irmã respondeu que era vez do irmão ─ que depois veio a ser a vítima ─, este, a vítima, se recusou alegando que já tinha lavado a louça do almoço, a irmã insistiu, começou um bate-boca, a mãe entrou no meio, o carinha ficou pê e disse, vou dar uma volta, a mãe riu, cê tá brincando, inventa qualquer desculpa para não lavar a louça, não, ele respondeu, eu vou sair mesmo, a irmã riu nervosa, tá bem, tá bem, pode deixar, eu lavo, seu preguiçoso, pode sentar lá para assistir o big-brother, o rapaz ergueu a voz, retrucou, vou sair, tô dizendo, deu uns passos firmes rumo à porta, abriu as quatro trancas e as duas fechaduras e saiu mesmo, a mãe me contou, ainda assombrada com todo o ocorrido, que chegou a se ajoelhar, implorando, prometendo, rezando para a virgem maria e outras virgens marias ou não, a irmã tentou se agarrar às pernas do irmão, ele ameaçou dar chute, à medida que ela ia descrevendo os fatos eu ficava cada vez mais atônito, me sentia igual a quando assisti a bruxa de blair, cê assistiu, não assistiu?, se até eu fiquei tão apavorado, imagine elas, bom, não teve jeito, o rapaz escancarou a porta e correu para fora sob os berros endoidecidos das duas, os vizinhos vieram acudir, alguns armados de foices e facões, outros munidos de martelos e o que quer que tivessem à mão àquela hora da noite, teve um que chegou armado com um serrote, alegando que os pedreiros que ele contratara para abrir mais uma porta entre a sala e a cozinha tinham levado todas suas ferramentas, sabe como é, pedreiro rouba tudo que estiver dando sopa, dois ou três traziam revólveres enfiados no cinto das calças, foi uma balbúrdia, as duas gritavam inconsoláveis, a mãe lamuriava que era seu fim, nunca mais veria o filhinho querido, os vizinhos que eram homens cochicharam alguns segundos deliberando se seria sensato irem atrás do rapazinho, por fim decidiram que não, era muito perigoso, tinham mulheres e filhos, não podiam correr o risco de convertê-los em viúvas e órfãos, a mãe e a irmã entenderam, lalarila-ri-rá, quem não entenderia?

Bom, estavam todos assim nesse alvoroço quando alguém berrou apavorado no meio da noite, olha lá! olha lá!, apontando para algum ponto no escuro, todos olharam e viram um vulto se esgueirando à beira dos muros do outro lado da rua, alguns juram ter vislumbrado um reflexo da lua, provavelmente era um desses p...s carecas que besuntam o cocuruto de óleo de girassol e depois lustram com flanela chinesa, é, cê sabe, a chinesa tá mais em conta hoje em dia, a maioria exclamou ó!, tapando a boca com a mão, predendo o fôlego, muitos saíram correndo de volta para casa, trancando ferrolhos esbaforidos, girando chaves nas fechaduras perplexos, um dos vizinhos, um negão parrudo que já foi lutador de box e hoje é leão-de-chácara nessa casa noturna que abriram aqui na gabriel monteiro, sabe qual é?, essa mesma, acho que se chama hot sampa nights ou algo parecido, bem, o leão-de-chácara aconselhou as duas a entrar, vocês não podem ficar sozinhas aqui, ele ponderou, é verdade, mãe, a irmã aquiesceu, quem sabe não houve nada, a mãe olhava o chão contristada, sacudindo a cabeça, lamuriando, meu filhinho, meu pobre filhinho, a irmã a puxou pelo braço até dentro de casa, trancou os ferrolhos, etecétera e tal, nenhuma das duas conseguiu dar sequer um cochilo durante a longa noite de aflição tentando imaginar o padecimento que o menino devia estar sofrendo àquela hora, logo cedinho alguém bateu na porta, a irmã foi correndo abrir, era o jornaleiro que tem banca na esquida da jacira com a tupinambá, saca?, pois é, aquela mesma, o cara nem precisou abrir a boca, o semblante fechado, aliado à carranca que ele já tem de nascença, era o bastante, ele simplesmente fez que sim com a cabeça, a pobrezinha entendeu, explodiu num choro compulsivo, a mãe ouviu e veio assuntar, então se abraçaram e passaram o dia todinho vertendo lágrimas, lamentando a sorte, o destino, os tempos modernos, cê sabe, essas coisas que a gente lamenta numa hora dessas.

Bom, para resumir, depois foram no i-ême-ele, o legista confirmou, sim, o rapazinho tivera uma parada cardíaca fulminante, caindo duro, olhos estatelados, quase se podia ver a imagem do p... publicitário careca estampada em suas pupilas, não tivera tempo sequer prum último pensamento, sabe, aquele trailer retrospectivo que, dizem, passa pela nossa cabeça um segundo antes de morrermos, pobre infeliz, mas, segundo o legista, passou desta para melhor sem padecer muito, pelo menos foi esse o consolo que procurou dar à desafortunada mãe, ela estava em choque e não soube responder, ficou lá repetindo que a vida para ela tinha acabado, que deus não tinha o direito de levar sua criança tão cedo assim para sabe-se lá aonde deus leva as crianças, a irmã estava um pouco mais conformada, embora também não parasse de chorar, cê sabe, amor de mãe é sempre mais profundo e doído, bom, em suma foi mais ou menos assim.

Nem é preciso acrescentar que depois disso alguns dos vizinhos se mudaram, uns deixaram a cidade, outros, é o que dizem, chegaram a sair do país. Também não é preciso dizer que agora todo mundo no bairro anda armado, até para ir comprar pão na padaria neguinho mete um 38 na cintura, às vezes olho em volta e me sinto no velho-oeste, o meu tá bem aqui, ó, escondidinho mas ao alcance da mão, pistola três-ponto-zero-meia, novinha, azeitada, pronta pro que der e vier, comigo não tem moleza, a, vejo que você também tá prevenido, é isso aí, mermão, tem coisa que não se brinca.

Bom, voltando ao assunto, eu vinha aqui pela bandeirantes e virei para pegar a ponte do morumbi, sabe aquela quebradinha que dá pros lados da berrini antes do chópin, pois é, eu vinha a uns oitenta... bom, cento e trinta, para dizer a verdade, aí avistei o sujeitinho atravessando a avenida, na hora não deu para pensar muito, cê sabe, a cento e oitenta as coisas acontecem rápido pra burro, bom, aí não tive dúvida, passei por cima mesmo, tudo bem, podia não ser, mas e se fosse e eu deixasse escapar? Hein? Como é que ficava? Já pensou? Não, não. Tô falando sério. Tenta imaginar a hipótese. Você tem a oportunidade de atropelar um p... mas perde a chance ou porque é um vacilão, um poltrão de marca maior, um covarde que não sabe brigar pela própria vida, ou porque naquela dia acordou sem muita convicção das coisas, sabe como é, tem dia a gente acorda assim, meio entediado, meio cansado ─ cansado, não, exausto ─ de tentar seguir nossos próprios princípios, cansado de seguir regras, bom, seja qual for a razão, você pega e perde a chance, me diga, você se perdoaria? Não, olhe, seja franco. Se perdoaria? Claro que não. Eu, na minha vida, vidinha simples de classe média que só sabe trabalhar, cê sabe, pois você também é igual, na minha vidinha humilde fiz muitas coisas das quais me arrependo mas que, com o tempo, aprendi a perdoar em mim mesmo, até nos outros, cê sabe, quando a gente é novo tem aquela mania de querer tudo pau, pau, pedra, pedra, preto no branco, acha que vai mudar o mundo, com a idade, aos poucos, você vai aprendendo a negociar com a vida, vai vendo que nem tudo é perfeito, você, menos ainda, começa a enxergar tuas próprias limitações e as dos outros, afinal todos dependemos uns dos outros, não é mesmo? pois é, a imprevidência é a madrasta de todos os enganos, então que foi que eu fiz? Peguei e carquei o pé, só via o ponteiro chegando nos duzentos, quando dei por mim o sujeitinho estava voando por cima do pára-brisas e subindo uns trinta metros no ar. Parei o carro logo adiante, esperei o corpo aterrissar, peguei o celular, custou um pouco para me lembrar do número, liguei para a polícia.

Bom, dei aquela desculpa que todo mundo dá hoje em dia, estava distraído, etecétera e tal, estava assistindo a novela no celular, sacumé, o delegado só estranhou eu ter dado marcha-à-ré e passado em cima do carinha mais oito vezes, eu disse, sabe como é, não sabe, doutor, a gente faz umas coisas que nem a gente mesmo entende, bom, no fim deu tudo certo, me liberaram, agora estou atrás do seguro para ver se eles cobrem uns amassadinhos no capô, o sujeito fez uma meleca danada na grade, tive de mandar lavar no posto, pior foi o que aconteceu com o Alcides, sabe o Alcides? Pô, aquele que foi inspetor de produção de firma, lembra? É, esse aí mesmo. Se eu te contar o que aconteceu com ele, você vai dizer que não acredita. Tô dizendo, parece piada. Ou melhor, história de terror.

Pois bem.

Estou sentado ontem na sala, vendo o palestra tomar uma sova do inter, quando o telefone toca, a Larissa estava no chuveiro, abaixei o som da tevê, xinguei a hora imprópria, gente que não respeita o lazer dos outros, já sabe quem era, não sabe? O Alcides. E aí? coisa e tal, porra, estranhei, não tá vendo o jogo, tu é palestrante até a medula, cê não sabe que me aconteceu, ele disse, mas disse com uma voz que na hora eu vi que era coisa séria. Peguei a latinha de brama, dei um belo dum gole, respirei fundo, tomei outra talagada, esperando o pior, chuta, falei, a voz até meio trêmula de ansiedade, putz, a gente não tem mais paz, tem hora que dá vontade de mandar tudo pro saco, cê não vai acreditar no que me aconteceu! ele ganiu quase chorando, pensei, putz, não, não pode ser, falei, não vai me dizer que... Quase isso, ele me tranquilizou, aí relaxei os ombros, recostei no sofá, bom, dos males o menor, pelo menos, bom, desembucha, que foi que te aconteceu? Sonhei que era, ele tascou na bucha, senti os pêlos eriçarem na nuca e nas costas feito um cão raivoso pronto para deitar os caninos no inimigo, putz! foi tudo que consegui balbuciar, a língua me enrolou dentro da boca, nunca tinha me acontecido antes, então vi que aquela história do sujeito engolir a própria língua é verdadeira, sempre achei invenção de quem não tem mais o que fazer, alguns segundos se passaram, consegui me recompor um pouquinho, perguntei só para confirmar se tinha escutado bem, sonhou mesmo? Sonhei mesmo, o Alcides confirmou. Sonhei que era p..., e riu nervoso.

Putz! exclamei, já emendando a pergunta, que foi que aconteceu então? procurando me colocar imaginariamente na pele do coitado, então, ele disse, então aconteceu o que acontece com todo mundo que tem esse sonho hoje em dia, que é que você esperava que acontecesse?, acordei encharcado de suor, uma bruta duma taquicardia, boca seca, pernas tremendo, meu, cê nem imagina o estado que fiquei! Imagino, sim, eu disse, a título de consolo, olha, comigo ainda não aconteceu mas sei que vai, tenho certeza, está acontecendo com todo mundo, olha tem noite que não consigo pregar o olho, aterrorizado com a idéia de ter esse sonho, meu maior medo é não acordar, já pensou?, cair num pesadelo desses e ficar trancado lá dentro, prisioneiro, cruz-credo!, nessas noites a Larissa me manda dormir na sala, de tanto que me viro na cama, agoniado, teso, puto, é claro que eu imagino, ainda mais eu, com toda minha imaginação, orwell perto de mim não tava com nada, como não haveria de imaginar, dizia assim tentando consolar o Alcides mas sem poder, lalarila-ri-rá, tem experiência que é indescritível, mesmo prum cabra bom de letras feito o Alcides, fez alemão na usp, fala russo como ninguém, o que, aliás, hoje em dia pode vir a calhar, sabe como é, veja só, estamos todos vivendo sob essa paranóia, todo mundo duvidando dos próprios amigos, de quem conhece há vinte anos, tem gente desconfiando do próprio irmão, do próprio pai!

Eu mesmo, que sou meio dramático, cê sabe, sempre me amarrei num teatrozinho, lembra no colegial, fiz um baita sucesso como Joaquim Silvério dos Reis naquela peça sobre a Inconfidência, lalarila-ri-rá, ninguém queria que fizesse o papel do traidor, logo um cara tão honesto feito eu, é para isso que servem os atores, respondi, não se pode confundir ator e personagem, cê sabe, bom, foi ali que conheci a Bete, acabei comendo ela atrás do palco, lembra aquele vão onde recolhiam a cortina?, bom, o resto cê sabe, a Bete me apresentou Larissa, com quem acabei casando, pelo-amor-de-deus, a Larissa não conhece essa história do palco, olha que ela me mata, putz, não devia ter te contado, você e essa tua proverbial compulsão ao mexerico, vai acabar dando nos dentes cedo ou tarde, bom, com essa minha queda para a dramaturgia às vezes me olho no espelho e digo brincando, mas uma brincadeira que me gela a espinha, talvez por ser tão bom ator, olha, no fundo me arrependo de não ter entrado pr'aquele grupo que queria encenar shakespeare pelo brazilzão afora, essa coisa de engenheiro não é para mim, definitivamente, tem dia me pego diante do computador, arrancando os cabelos c'um monte de cálculos, dá vontade de morrer, me pergunto, que é que eu tô fazendo aqui, meu deus? aí começo a lembrar das surubas que fazíamos na trupe, putz, aquilo é que era viver, bom, tem dia que me olho no espelho, arreganho os dentes, aperto os olhos feito um lobisomem, depois arregalo feito um bicho de sete cabeças, armo as mãos como se fossem garras prontas para trucidar, me olho bem no espelho, faço a mais medonha das caretas e solto um guincho de arrepiar: cê é p...! cê é p...!

Olha, tenho certeza que você morreria do coração se me visse fazendo essa cena, putz, juro, meteria medo até no boris karloff, olha, sem exagero, acho que até o próprio lulla mijaria nas cuecas, tem vez que entro num transe esquisito, preciso berrar Larissa! Larissa! está acontecendo de novo! Ela vem correndo, abre a porta do banheiro ─ pois é no banheiro que engendro meus dramas, cê sabe ─, me sacode violentamente pelos ombros, já chegou a me esbofetear, é, aquelas bofetadas bem ardidas e secas, as bofetadas dóem tanto, que às vezes desconfio de que minha própria mulher é p..., bom, ela me sacode pelos ombros e berra a plenos pulmões, você não é p...! você não é p..., berra várias vezes até eu acordar desse delírio horrível, já imaginou?

Eu sei, eu sei. Sou exagerado, sempre fui, mas não passa uma noite em que alguém nas redondezas não grite "você não é p...!", quando não é vizinho da frente é o da direita, quando não é da esquerda é o detrás, quando não é o pesadelo é esse manicômio, sempre no meio da noite, nas profundezas abissais destas neurastênicas noites, se é que você me entende, ninguém mais sabe direito quem é ou não é, irmão desconfia de irmão, pai desconfia do próprio filho, vê se pode! depois que eles passaram a usar peruca e esconder as camisetas com aquela coisa amorfa e maligna nossa paz acabou. Qualquer um pode ser um p... disfarçado. Falando nisso, esse teu cabelo tá meio... será que... putz! Você! Não, não posso acreditar! Te conheço há trinta anos! Estamos ficando todos loucos, seu...






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