(sem mar,
sem rio,
sem Tejo,
sem aldeia)
Há anos um
barco construo
baseado em
livro de engenharia
naval que
mandei vir
especialmente
de Portugal.
Isso quando
ainda
acreditava que
Portugal existia.
Aprendi
técnicas e decorei termos
náuticos como
escaler, chalupa,
crista de
aiveca e castelo da popa,
e enquanto
pregava pregos e pranchas,
pensando em
quantos timoneiros
desorientados
fui, sou e serei,
decidi escolher
como meu cantinho
predileto o
cesto da gávea.
Há anos
construo um barco
sólido para
cruzar o mais
encapelado dos
mares, que
obedeça ao meu
saber parco
com calado
suficiente para atingir
Tróia, Las Vegas, Antares
mas não o
suficiente para encalhar
nos charcos
e me levar ao
mais próximo
dos lugares.
E sei que meu
barco nunca vai
zarpar (se é
que meus barcos zarpam)
porque também
sei que os anos que
restam não
serão suficientes para
arrastá-lo até
o mar.
E se no trajeto
deparar com um desses
guardiões que
por aí buscam construtores
navais
errantes, pedirei, para que
tudo não tenha
sido em vão,
pelo menos me
enterre no porto
quando estiver
morto.
B.E.L.O. !!!
ResponderExcluirB.E.L.O. !!!
B.E.L.O. !!!
Ola Vaccari!
Algumas vezes esbarro com meu sentir
escrito por quem o sabe "muito bem" fazer...
ha sempre alguem lendo minh'alma alem de mim.
Me encontrei demais em SEU BARCO agora...
grata!!!
Eh sempre muito bom passar por aqui!
Um abraco! :)
Obrigado, Colaneri. Venha mais vezes.
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