Só por cortesia


Enlouqueçamos

enlouqueçamos os que se querem sãos
nobres e bonitos e
felizes e sábios
e risonhos sob a máscara de Erasmo

a irradiar nos olhos o brilho sujo do lixo
que escondem em suas almas

lamento, meus caros, lamento meu amargor

é que neste horário fujo dos meus 
perspicazes carcereiros e por alguns instantes
esqueço que sou prisioneiro

E nesses fugazes instantes posso admitir
e me conformar de
que sinto o que sinto

Nenhum comentário:

Postar um comentário