Feito um rei mago odiando a
ideia de seguir a estrela
Preciso estudar a possibilidade
de enlouquecer
No cheiro do teu cabelo
Esfrega teu nariz, tua boca na
minha cara
Prometo, não quero ser famoso
nem ter milhares de fãs
Enquanto durar este vento que me
carrega daqui
Não me negue a chave desta porta
Tenho de ouvir o repique dos
sinos, o alarme das 10
Hoje, dia da correção, este é o
ponto das confluências
Veja quantas semelhanças podemos
notar aqui de cima
Quando morrer virarei inúmeras
estrelas
Estou farto de viver por
aproximação, computando prós e contras
Esta é a rua daquele dia, não é,
pai?
Você no hospital tirando o
apêndice, o médico escrevendo na prancheta
O quarto, uma aeronave com meio
milhão de ratazanas agrupadas para me imolar
Então você apontou e disse,
veja, naquela fábrica que trabalho
Só muitos anos depois fui
descobrir a palavra densa
E senti um aperto tão fundo no
peito
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