Ah! essas ondas que não arrebentam.
Vêm vindo, vêm se estufando nefastas vêm
Bruxuleando grávidas dos entes misteriosos,
Virulentos que populam esse meu seco mar
Incerto.
Vão indo, vão a ninar em seu medonho colo
O boneco adiposo que herdou as profundezas,
E dos reconfortantes abismos saudoso, vai
Indo a rosnar murmúrios desconhecidos dos
Seus próprios ouvidos.
Ah! arrebentem duma vez, benditas ondas.
Ocupem meus olhos do teu estardalhaço
Devastador.
Liberem incontinenti os glutões à espreita
Em seu ventre
Para que se entreguem enfim à devora.
Eis que o Fantoche Flutuador se exauriu e
Não pode mais boiar na esperança de que
As afiadas presas do mito o exterminem a
Mordiscadas.
E quando desabarem poderei seguir o
Canto que haverá de emanar por detrás
Desta insolúvel manhã.
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