Estrepitosa manhã desta segunda, 11 de novembro

Ah! essas ondas que não arrebentam.

Vêm vindo, vêm se estufando nefastas vêm
Bruxuleando grávidas dos entes misteriosos,
Virulentos que populam esse meu seco mar
Incerto.

Vão indo, vão a ninar em seu medonho colo
O boneco adiposo que herdou as profundezas,
E dos reconfortantes abismos saudoso, vai
Indo a rosnar murmúrios desconhecidos dos
Seus próprios ouvidos.

Ah! arrebentem duma vez, benditas ondas.
Ocupem meus olhos do teu estardalhaço
Devastador.
Liberem incontinenti os glutões à espreita
Em seu ventre
Para que se entreguem enfim à devora.

Eis que o Fantoche Flutuador se exauriu e
Não pode mais boiar na esperança de que
As afiadas presas do mito o exterminem a
Mordiscadas.

E quando desabarem poderei seguir o
Canto que haverá de emanar por detrás
Desta insolúvel manhã.



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