Eram 11 e pouco?

A notívaga 
Isabela
foi ao chópin
e voltou
estrangulada pela madrasta.
O pai, habituado 
a se desfazer
dos sacos de lixo
achou por bem
defenestrá-la
para sempre.

Deus, já na cama,
preocupado com terremotos
e enchentes de amanhã, 
acabou cochilando
e não sonhou.
(Deus não sonha -
quando muito, tem pesadelos.)

Sem as asinhas que
os que acreditam no
senhor lhe prometeram,
nem testemunha que 
rezasse pela abolição 
da lei da gravidade, 
despencou, 
colidindo contra a
suave grama do 
jardim do
London.

Para espanto da nação,
porém ém ém ém,
não morreu.
Acudida por
delegados, 
promotores,
advogados, 
vizinhos,
jornalistas,
transeuntes e
telespectadores
deitou-se num 
sofá das Casas
Bahia sem 
entrada, sem
saída, sem
mais nada
sendo justiçada
pela bocarra
da mídia diante dos
olhos marejados do
distinto público 
enquanto
falece em
suavíssimas
prestações
e o próximo
bloco
não
chega.