olhos
imundos
a obscurecer
meu dia
vasculhada
noite
não mais minha
olhos carregados
de vazio
me atraem qual
buraco negro nos
confins da
alma
puxa a luz
pestanejando
contra
a subversão, despupilados
olhai,
vosso papel de mirar
o chão
me pergunto,
haverá
neste mundo higiene
bastante que
remova
do meu mais
soturno
pesadelo vosso
negro
brilho
minha cidade se
inunda da tua voragem
infecunda
dos cílios penteados por
cabeleireiro agora
espero a
úmida, infértil
água a brotar
surpreendente
do fundo
da superfície
em lágrima de pedra
a choramingar
meu
troféu