Devaneante contador

Minha feiúra é minha beleza
Minha fraqueza é minha força
Meu choro é meu riso
(Agora começa a complicar.)
Minha vingança é meu amor.

Não, cara.
Não é só trocar as bolas.
As bolas nascem trocadas, destrocá-las não muda nada

Não é apenas parar e pensar
Pensar e parar talvez?
Nesta noite de domingo pego esta minha personalidade nas minhas mãos, sopeso como a dona de casa na feira estuda a conveniência dum mamão, apalpa, apalpa até tornar o miserável imprestável
Sabe o que mais queria na minha vida?
Que minha feiúra fosse minha feiúra
E minha fraqueza, fraqueza
E meu ódio, ódio

Foi assim um dia

Um dos meus grandes momentos interiores foi descobrir o “sinônimo”
Fiquei encafifado meses
Me assombra que a maioria das palavras não produz o mais ínfimo efeito na maioria das pessoas
Lá vou eu botar a culpa nas pessoas
Mas se a culpa não é delas, de quem será?
Só minha?
Não posso carregar a culpa de todos os erros que cometem com as palavras no mundo.
Sou apenas um. Contra oito bilhões de pessoas. Que usam palavras sei lá quantas vezes a cada segundo.
Me rendo
A culpa é minha
Tenho este blog
Alguém mandou?
Ninguém mandou
Não mandei
Basquiat mandou