Um bravo insaciável

Tecido por fora
Trapo por dentro
Sem solução
Escrutínio de pescador
Olhar de lambari
No anzol, pai e filho
De espasmo comovente no peito
Voz fininha, gutural
A soprar mugido
Irreconhecível
Filho sem pai
Nobres de joelhos limpos
E olhar imundo
A perscrutar o dia
Sem nuvens nem sombras
Navegante dos traumas
Patrulheiro das próprias
Dores
Como não ser parasita
De si mesmo?

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