Triunfo. Hoje decidi que serei meu amigo.
Não me pergunto até que horas. Estou enfeitiçado de mim e as palavras que estes
meus irrepousáveis dedos produzem neste teclado desconectado do mundo para me
aprisionar, me destruindo para recomeçar. Enquanto digito, uma vozinha débil
brotando quase inaudível lá do fundo me diz que não serei poupado. Estou
cativo, nem mesmo sei se quero de volta minha liberdade. Pois ela, liberdade,
se gastou qual a sola dum sapato velho. Descumpro sem cessar minhas
autopromessas de me aceitar como sou e me preparar para o que posso fazer.
Busco meu esquecimento.
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