Ordem no dreeboonow !

Críticos são promulgadores por vocação e natureza.
Nascem para sentenciar. Se amarram no top-top-top rítmico e acalentador do bater de seus martelinhos, atrás daquele ar digno e professoral dos que sabem que o mundo não pode prescindir de autoridades.
Okay, há críticos e críticos.
Mas são raros os humildes, cientes da própria falibilidade.
Não perdoam o artista que erra. Mas dificilmente admitem que podem estar errados eles mesmos.
Os maiores defensores dos críticos são os críticos.
Em segundo lugar vêm os que os defendem por identificação, anseio por uma variedade de motivos, vocação castradora.
São os aspirantes a. Os que acham que quem cria merece uma bordoada na orelha pela desfaçatez em criar. Olha a bagunça, moleque!
De certo modo crítica é destruição. Quem sabe em paralelo com o que a criação tem de geradora de vida.
A simples análise dum autor, desmontando, desconstruindo, eviscerando sua obra é capaz de pôr a perder a arte criadora.
Quem tem dúvida, que leia o que Rilke diz sobre a crítica em Cartas a um jovem poeta.
Philip Roth dá a pá de cal:
“Escrevo ficção e dizem que é autobiografia, escrevo autobiografia e dizem que é ficção, portanto, visto que sou tapado e eles tão geniais, que decidam o que é e o que deixa de ser”.
Domaux babudo?

Você já notou como determinados escritores ao invés de escrever, redigem, como se seguissem um regulamento? Eu já.