Saudade, Tonietti. Não precisa ter de mim, não.
Conheço meu lugar, sei que não mereço reciprocidade. Mas sabe como é, sou assim
meio impulsivo, bateu a vontade de deixar um oizinho e assim aqui estou, oi!
Também sei que impulsividade não é com a senhorita, sempre sabe direitinho onde
pisa, com quem anda, tudo bem, não boto reparo, se tem uma coisa que o tempo me
ensinou foi perdoar, posso dizer o que significa pra mim? Bom, pra mim é um
monumento mnemônico, simples assim. Uma referência nas madrugadas nubladas do
meu passado, bom de novo é muito mais mas por ora vou ficar por aqui, ando
tentando controlar minha verborragia, doença muito chatinha, bom mais outra vez
qualquer dia volto, se permitir, é claro, e não me riscar, quer dizer, daqui a
pouco, às 7 e alguma coisa, às 7 e lá vai pedrada, à hora que meu coraçãozinho
de escravo da paixão tiver novamente essa gana de gritar essas coisinhas que
esse meu coraçãozinho escravo da paixão tem necessidade de gritar, bom, até
mais, desculpe a síncope, a síncope... bom, como adora cinema, fiquemos naquela
síncope Um corpo que cai, que coisa
aquela, né? o divino James Stewart, o segundo sujeito mais airoso do mundo, me
perdoe o airoso mas é que tem certas qualidades humanas que requerem o termo
exato, a definição precisa do olhar de águia do meu coração apaixonado, deve
estar se perguntando quem seria o primeiro, o primeiro sujeito da minha
listinha, bom, o primeiro obviamente é o Galante, assim em maiúscula, me
permita uma piadinha besta The Galant Cary Grant, embora seja duro esse páreo
Grant X Stuart, Cary X James, que época hein? Outro dia vi de novo Strangers When We Meet, que aqui foi
lançado com o título bocó de O Nono
Mandamento, quem é que bota esses nomes nos filmes estrangeiros, padim
ciço? com o canastraço Kirk Douglas, como sabe, pai do outro canastraço Michael
Douglas, que, segundo ele mesmo, pegou câncer de tanto chupar buceta, me
desculpe a baixaria, bom, Strangers When
We Meet é com a mulher mais cobiçável do cinema de todas as eras, Kim
Novak, sem exagero, caí de amores pela enésima, que elegância, que non-chalance
duma eleita dos deuses gregos, tudo bem que foi cacho de Frank Sinatra, Peter
Lawford (lembra desse?), the Kennedy brothers, e daí? sem dizer que a pobre
Monroe foi “silenciada” pelos capangas de Robert Kennedy mas o poder é assim
mesmo, né? bom, vou me despedindo, qualquer hora deixo outro recadinho, digo,
outro recadinho inteligente, estufado de substância, ao contrário da inanidade
geral do face, sei como é, também sente essa solidão digital que ataca 10 entre
10 internautas que têm mais de 2 neurônios no cérebro? infelizmente o dever me
chama, não tenho mais como procrastinar meu adeus. A gente se cruza. Saudade.
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