Tonietti VII

Toni, já lhe dei bom dia hoje? Me desculpe, ando meio confuso inteiramente. Completamente. Ainda advoga naquela clínica no alto do morro? Sua clínica tem ala para indigentes? Se tiver, dá pra me descolar uma vaguinha? Qualquer meio metro serve, não exijo nada (desde que não exijam tudo de mim, com perdão da cantata fora de hora e de lugar). Que é que acha da arte propositiva? Cachorrônica, né? Foi o que pensei. Tem uma gente por aí cheia de fórmulas mágicas querendo dar lição nos outros, coisa mais chata. Uns querem que todo texto termine cuma “moral”, à lá fábulas do Lá Fontaine (vixe, quanto eco produzi agora; foi sem querer). Outros, que “proponham” simplesmente. Vê se pode bobajada mais boba. Se fosse assim, 92,81 por cento dos escritores, poetas, filósofos e médiuns não teriam escrito coisa nenhuma, nunca. Que é que a senhorita pensa a respeito? Não precisa me dizer agora. Au revoir.

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