Me diz um pouco detalhadamente o que tá
achando do meu livro?
Olha,
Wilson, de longe está sendo uma das coisas mais insólitas que já li. Humano, de
tão denso chega a ser leve, se é que me entende.
Gosto dos
insights que tens, são deliciosos e enriquecem o texto de tal forma que parecem
desmoronar a ideia inicial, me deixam num vácuo confortável, vários mundos
dentro de um mundo, um sonho doido, só que de uma lucidez que tem um tamanho
que não se pode medir.
Nem
acredito que bebes tanto.
Tomara que
eu não esteja servindo de inspiração pra Soninha. Ela é bem simpática e muito
desgraçada. Pobrezinha.
Há, fala
sério, Wilson, tás me tirando, né? De que vale a minha opinião? Cai mais uma
vez na armadilha do vamos dar corda pra ela se enforcar e pra eu ter certeza de
que estou na maior perda de tempo da minha vida em ficar compartilhando toda a
cátedra das minhas litteraturas com a minha mucama.
Bem, entre
outras coisas, é pra isso que servem também, as mucamas.
Espero que
perdoe o sarcasmo. Assim como eu perdoo o seu descaso.
Boa noite,
Wilson, tenha bons sonhos reveladores em inglês, enquanto eu fico aqui
utilizando ingorantemente o google tradutor para decifrá-los.
Obrigado por responder. Embora eu
esperasse uma “análise” mais desapaixonada. Tenho de fato muitas dúvidas sobre
o texto mas ninguém quer se dar o trabalho de comentar.
Não, Soninha já estava pronta na minha
cabeça há tempos. Falo dela no meu blog desde o ano passado. Mas o que mais tem
neste mundo são soninhas perdidas em todos os sentidos. Na verdade criei a Soninha
pra desafogo sexual do narrador (você sabe, homem tem dessas coisas), mas ela
começou a crescer na minha cabeça. Tive várias soninhas nesta minha vida de
cachorro sem dono, não tão humanas nem trágicas, a maioria simplesmente
estúpida e unidimensional, consumidoras de etiquetas na bunda mas sabidas feito
o diabo na manipulação e crueldade sexual que a mulher usa contra o homem.
Não, flor mais meridional do meu caótico
jardim, não é descaso. Como descaso, se te escrevo dia após dia após dia? És a
única pessoa com quem faço isso.
Afora algumas barbaridades que cometo em
nome do álcool (ainda bem que bebo; tenho uma boa desculpa), acho que venho te
levando com lábia eficiente o bastante pra te convencer de que te trato com
respeito e dignidade.
Piadas à parte, obrigado pela foto. Essa
beleza e esse sorriso franco não conjuminam com a zanga que mostras a nós aqui
fora.
Quando falo de nojo de funduras alheias
me refiro mais... Sei lá. Não vou ficar explicando. Explicação me dá bode. Já
tenho de explicar coisas além da minha paciência quando escrevo.
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