iwjj012 deveras

Walking dogs pelas ruas nauseabundas de Sampa representa cada vez mais exasperante suplício. Torço para que João Dória intensifique suas ações higienizadoras e deixe esta cidade-lixão minimamente habitável. Por mim, já botou um pé na Presidência, deixando pra trás seu padrinho bocó e bundão que nunca abriu a boca pra detonar a distopia instaurada pelo lullopetismo.

Dória ória ória podia começar implantando algumas medidas disciplinadoras oras oras para tentar coibir o caos reinante e acelerar o tão penoso processo civilizatório.

Como estou sempre pronto a colaborar quando o que está em jogo é o progresso da humanidade e o aprimoramento da raça, exponho a seguir algumas sugestões para que o nosso prefeito não desanime na dificultosa empreitada.

Tais sugestões consistem sobretudo de suaves castigos que haverão de forçar os espíritos de porco que, bidu, emporcalham a urbe a levar a pata à consciência e daí, espera-se, se penitenciar dos pecados incorridos em sua vida pregressa de, bidu again, porcalhões.

Cada tipo de violação aos preceitos do asseio seio eio comunitário provocaria um tipo apropriado de cominação. Por exemplo...

...o sujeito de narigão empinado ou a moçoila de fino trato (conheço vários e várias na vizinhança) que saísse de fininho como se o monte de excremento deixado por seu affenpincher ou Norfolk terrier no meio da calçada fosse um mimo destinado a alegrar o dia do primeiro incauto que passasse pelo pedaço seria obrigado ou obrigada a comer o dito cujo no ato. De brinde, ganharia acompanhamentos à la carte e uma Skol ou Coca dois litros ou meia-garrafa de Sangue-de-boi para ajudar na digestão. Mas não vá pensando que seria só meter o saboroso quitute boca adentro e estamos etc. Nada disso. Visando a coadunar com o pendor ao dramático do novo alcaide, o evento ensejaria uma cerimônia. A respectiva subprefeitura, ui, disponibilizaria a necessária mão de obra -- no mínimo um garçon e um sommelier -- e os devidos equipamentos -- mesa, cadeira, toalha imaculadamente alva, guardanapos (de algodão, bien sûr), talheres de prata -- para que o ágape transcorresse comme il faut.

Aos sujismundos com vocação para o chiqueiro que largassem -- fosse displicentemente ou com calculada incúria -- qualquer tipo de matéria inconveniente ou subproduto da doentia ia ia hidrofobia uia uia consumista que domina essa gente seria aplicada a seguinte penalidade: com profissional diligência, varrer pelo menos oito quadras adjacentes ao locus delicti commissi. E aspirar.

E, com o intuito de fazer proveito do ímpeto higienizante, João Dória bem que poderia partir pras cabeças e ministrar umas aulinhas de etiqueta e bom-comportamento aos paulistanos (e turistas insanos que insistem em acorrer a este inferno na Terra por razões que só a psiquiatria explica).

Por exemplo, o ser repugnante cuspiu na calçada? Três meses de detenção na aprazível Penitenciária de Alcaçuz.

A apressadinha dona-maria tacou a mãozarra na buzina só porque o táxi à frente reduziu a velocidade? Uma temporada com nada pago para assistir às partidas do campeonato de futebol sul-africano sob a radiante, a estimulante, a exultante cornetação das vuvuzelas.

E, agora empolgado, o intrépito Dória não hesitaria em levar seu programa sanitarista às últimas consequências:

O rapazola teve o desplante de sair em público trajando bermudas? Dois anos de castigo no quartinho escuro da École de la Haute Couture em Paris.

O mesmo despautério foi cometido não por um jovem mas por um velho? Eutanásia no bicho!

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